Trecho
O artigo de Sérgio Augusto, publicado no caderno Aliás do Estadão do último domingo, merecia citação na íntegra. Mas por falta de espaço, seguem apenas os dois últimos parágrafos:
“Nem sequer ao longo das conferências de Chaui a crise do PT foi deixada no freezer. Sutis alusões ao presente, só não percebidas pelas mentes rombudas, enriqueceram seu paralelismo entre Sartre e Merleau-Ponty. Para publicações à cata de declarações bombásticas, nada mais decepcionante do que ouvir uma intelectual falar de forma alusiva (Montesquieu não fez isso?) e reivindicar seu direito ao silêncio enquanto nada de original tem a dizer. Chaui não quer dar opiniões, tão-somente, mas oferecer uma análise à altura de uma pensadora, tarefa que requer serenidade e uma compreensão menos lacunar do que está acontecendo.
Ela, a rigor, não fugiu da raia, não calou o bico. Questionou o 'erro de timing' do governo, a escolha de prioridades erradas e as alianças espúrias a que se submeteu. Deixou claro que, enquanto não houver reforma política, 'continuaremos gritando contra a corrupção e o mau-caratismo dos políticos, mas não resolverá nada'.Falou mais e melhor do que falaria, por exemplo, a atriz Maitê Proença, a 'filósofa' de plantão da Época.”
Música
Chico Buarque disse semana passada que não pretende compor um samba para o mensalão. Para ninguém acusá-lo de silenciar sobre a crise, apresento uma modesta contribuição.
Geni e o Zepelim (versão funghi/2005).
Joga pedra na Chaui
Joga pedra na Chaui
Ela quer filosofar
Ninguém está disposto a ouvir.
Ela vota no PT
Maldita Chaui