segunda-feira, julho 31, 2006

Mulheres são da Terra, Super-Homens são de Krypton

Esqueça Lex Luthor. O coitado quer apenas dominar o mundo. O verdadeiro duelo do novo filme do Super-Homem ocorre entre Lois Lane e o kryptoniano. O filme todo é uma grande DR.
Já no início ficamos sabendo que o Super-Homem esteve fora cinco anos, tentando descobrir o que houve com Krypton. Foi embora e não se despediu de ninguém, nem da Lois. Mas ela não deixa barato. Quando ele volta para a Terra, descobre que ela ganhou um Pulitzer por um artigo intitulado ‘Por que não precisamos do Super-Homem’, que está casada com o sobrinho do chefe e tem um filho.
Ele salva a vida dela, ela não dá a mínima. O mundo celebra a volta do herói, ela não se interessa. Ela pergunta pelos motivos do desaparecimento. Ele responde que buscava suas origens e outros sobreviventes de seu planeta tristemente destruído para aplacar um sentimento de solidão num Universo em constante expansão, mas ela não quer nem saber. Ela pergunta porque ele voltou, ele explica que estender a mão para as pessoas desesperadas que necessitam de ajuda nesse mundo cada dia mais cruel e intolerante é o verdadeiro papel do herói, mas ela diz que está muito bem sem ele, obrigada.
Ele salva a vida dela novamente. Ele salva o mundo. Ela também salva a vida dele. Mas gostaria de salvar mais uma para não ficar devendo nada.

quinta-feira, julho 20, 2006

Outra vez

Justificando as investidas contra o Líbano e criticando as acusações de que os ataques de Israel são desproporcionais, Shimon Peres disse em entrevista ao Global Viewpoint (publicada pelo Estado) que "existem quatro organizações imunes a qualquer consideração diplomática ou política: Irã, Síria, Hamas e Hezzbollah - dois países e duas organizações terroristas". Nas contas deveria ter incluido também Israel e os EUA, sem esquecer o próprio Líbano, já que o apreço diplomático pelo país é nenhum.
Israel tem um salvo-conduto concedido pelo Texas de mais uma semana para arrebentar todo o Líbano à procura dos foguetes e membros do Hezzbolah. Resultado até agora: quatro membros do Hezzbolah mortos e 500 mil libaneses refugiados segundo a UNESCO. Talvez não seja a forma mais apropriada de "devolver a esperança aos libaneses" ou impedir a escalada de violência no Oriente Médio.

quinta-feira, julho 13, 2006

Onda

Quem diz que os ataques do PCC servem para desestabilizar a campanha tucana é débil mental ou cínico.