terça-feira, dezembro 26, 2006

Volto já

Tutti hoje, só em janeiro!
Até 2007!

Personalidade do ano

Por tudo que não deveria ter sido e que foi, Cláudio Lembo é minha personalidade do ano.
* * *
"É possível."
(Cláudio Lembo respondendo se era verdade que
havia se casado virgem, no programa do Jô.)

sábado, dezembro 23, 2006

Meu voto de boas festas


PS: Sei que é infame, mas não resisti.

domingo, dezembro 17, 2006

De novo



Verissimo, jazz, arte do Baptistão, futebol...
Quanta alegria!

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Farra

Via lei de incentivo, uma empresa consegue abatimento no imposto de renda sempre que patrocine atividades culturais, o que na prática permite que ela recupere o dinheiro gasto. Ou seja, quem paga é o poder público. Mesmo no caso de um evento proibitivo para a maioria dos contribuintes, exemplos não faltam, quem paga o espetáculo é o poder público e quem posa de mecenas é o poder privado.
Como lembra a Anna, os atletas que lutam por leis de incentivo para estimular o patrocínio ao esporte nacional estão com a razão e os artistas que reagiram preocupados também. Resta saber quais serão os critérios estabelecidos para investimento. Não custa lembrar que os bingos continuam fazendo fortuna enquanto o esporte mendiga. E os clubes de futebol resistem a duas temporadas na série C, mas não a uma auditoria da receita.

terça-feira, dezembro 12, 2006

Destino

O Inferno não me parece adequado para Pinochet. Talvez ele se sinta confortável demais por lá.

segunda-feira, novembro 27, 2006

Tédio, mau humor...

Duas semanas de ausência quase justificadas. Com o fim da Copa, das eleições e do campeonato - não necessariamente nessa ordem, visto que o título do São Paulo correu mais seguramente do que os outros dois eventos - 2006 acabou e vai nos entediando porque não sabe que já é tempo de ir embora.
* * *
Se Lula é um líder messiânico, Michel Temer e a ala oposicionista do PMDB comportam-se como São Tomé.
* * *
Revistas: a Piauí é mesmo muito boa! A Rolling Stone é mesmo muito ruim!
* * *
O culto à interdisciplinaridade continua fazendo vítimas. Até a FUVEST embarcou na onda esse ano. Mas de onde venho questão sobre reprodução de bactérias que o aluno resolve fazendo uma progressão geométrica ainda é questão de matemática.
* * *
A partir da próxima semana em São Paulo, ônibus= R$ 2,30 (15% de aumento), integração ônibus-metrô= R$ 3,50 (16,7% de aumento). Depois perguntam por que não dou a mínima para o caos nos aeroportos.
* * *
Gostaria de conhecer os ilustríssimos brasileiros e seus cérebros avantajados que propuseram o comércio de pães por quilo. Além de não ser possível saber se o dinheiro levado para a padaria/supermercado é suficiente para a compra, a medida decretou a extinção do pão francês, que agora pesa como o italiano.
Proposta de ação direta contra a medida (idéia do meu irmão):
- R$ 0,50 de pãezinhos, por favor.

segunda-feira, novembro 13, 2006

Novidade

É fato que hoje somos/fomos governados por um comunista, ou o mais próximo que já pudemos chegar disso. Mas é bom não esquecer que durante oito anos fomos governados por um acadêmico de formação marxista.

sábado, novembro 04, 2006

Manifesto

Corre na rede um Manifesto Contra a Condenação Política do Emir Sader.
Assine aqui.

sexta-feira, novembro 03, 2006

Choque de gestão

Os jornais da província decidiram usar a mesma foto e a mesma legenda nas edições de hoje. Como também costumam publicar semelhantes pontos-de-vista e as matérias não trazem mais qualquer diferença, sugiro a união das redações. As empresas dariam exemplo de eficiência ao governo cortando gastos, economizando matéria-prima e ampliando participação no mercado. As medidas permitiriam a liquidação das dívidas das antigas empresas e aumentariam a capacidade de investimento do setor. Evidentemente, tais medidas deveriam ser acompanhadas por um amplo programa de demissões. Como a redução do número de funcionários elevaria os índices de desemprego, de saída o novo jornal já teria uma semana de matérias garantidas para descer o sarrafo no governo.

quarta-feira, novembro 01, 2006

Mal das asas

No ano de centenário do vôo do 14 Bis ocorreu de tudo. Pane e queda de helicópteros, queda de porta de avião, falência da Varig e o maior acidente da história aérea brasileira. De desgraça em desgraça, agora o colapso do sistema aéreo: atrasos, as longas filas e os suspeitos de sempre, que nesse caso atendem pelo nome de controladores. Santos Dumont merecia homenagem melhor.

terça-feira, outubro 31, 2006

Acachapante

Diversos artigos hoje sobre a eleição e dentre os muito bons, vale a pena esse do Marcos Coimbra do Vox Populi.
* * *
Alckmin realizou a façanha de perder 2,5 milhões de votos no 2º turno, enquanto Lula, com os 58,3 milhões de votos de ontem, obteve a maior votação de um presidente no Ocidente (o recordista anterior era Ronald Regan, com 54,5 milhões de votos em 1984). E teve gente perguntando se Alckmin iria contestar a vitória de Lula na justiça eleitoral.
* * *
Alguns ficaram mesmo muito abatidos: o Estadão publicou a mesma foto de Guido Mantega e Henrique Meirelles duas vezes hoje, nas páginas 5 e 7 do caderno especial sobre as eleições. E o âncora atrapalhou-se todo na apresentação do Jornal da Globo agora à noite, atropelou a jornalista com quem divide a bancada e não conseguia disfarçar o mal-estar.
* * *
O PFL demonstra mais uma vez a importância do amamentação: parou de mamar, não cresce. Na verdade, alguns pefelistas já perceberam que a aliança com o PSDB deu o que tinha que dar. Mesmo porque o deslocamento do tucanato para a direita empurra o PFL para fora do cenário político nacional. Elegeu menos deputados que em 2002 e apenas um governador, José Roberto Arruda no Distrito Federal. Não à toa, um ex-tucano.

domingo, outubro 29, 2006

Passamento de Inês

Marco Aurélio foi o nome da eleição. O Mello pela bobagens ditas; o Garcia pelas evitadas.
* * *
Existem canalhas em qualquer lugar. Na família, entre os vizinhos, entre os amigos, no trabalho, na rua, no restaurante, no governo, no espelho – ninguém está totalmente livre do convívio com um canalha. Os canalhas mais preparados têm desculpas na ponta da língua para justificar suas canalhices. E há sempre gente honesta defendendo canalhas, talvez apenas porque faz parte da mesma família, mora no mesmo prédio ou tem a mesma profissão que o canalha e teme ser confundido com ele. Compreensivelmente quer evitar generalizações.
Mas não exagera, Dines. Não exagera.
* * *
Magalhães, Sarney... 2006 não foi um bom ano para as dinastias políticas do país. Com exceção de São Paulo, claro, que mantem a sua firme e forte.

quarta-feira, outubro 18, 2006

Pois é

Surya, parece que Alckmin não vai ganhar a eleição e portanto nunca vamos saber se ele está, em bom tucanês, faltando com a verdade. Suas promessas de acabar com a reeleição e não privatizar as estatais restantes seriam difíceis de engolir ainda que as registrasse em cartório, dada a relação esquizofrênica que o tucanato mantêm com o que eles mesmos escrevem.

segunda-feira, outubro 09, 2006

Assim é se lhe parece

Os tucanos comemoram o desempenho de Alckmin no debate como se ele houvesse derrotado Lula e não precisasse mais haver eleição. Seria o ideal, claro, mas temos que ir devagar e respeitar o mínimo de protocolo, gente. Como por exemplo no caso de abertura de um processo de impeachment, que misteriosamente desapareceu do bico tucano-pefelista desde que Alckmin assegurou a realização de segundo turno.
As comparações entre o debate e uma luta de boxe também são injustas. Em primeiro lugar, porque o boxe é a "nobre arte" e depois da anunciada aposentadoria de Popó o esporte já sofreu baixas demais nessa semana e por isso merecia mais respeito dos analistas. Entretanto, se querem mesmo enveredar pelo tortuoso caminho, não custa lembrar que Alckmin já havia sido chamado de Desafiante pela prestidigitadora Veja, revista que se comporta como o Don King do candidato. E se realizado semanas atrás, poderíamos ter confundido o debate da Band com o The Contender transmitido pela Rede TV. Não pelo boxe, mas pela dublagem ruim do tal desafiante.
Por fim, aqueles que se surpreenderam com o comportamento agressivo de Alckimin nunca prestaram muita atenção nele. Alckmin sabe que aquele discurso de padre de paróquia adotado no primeiro turno não vai tirar a diferença de votos contra Lula. Mas se engana quem pensa que ele se esforça para fazer o papel de brucutu. Quem teve Tiranossaulo como secretário de segurança pública dispensa apresentações.

domingo, outubro 08, 2006

Debate

Faltam 10 minutos para começar o debate. Mas já dá para imaginar como será.

terça-feira, outubro 03, 2006

Delegado fotógrafo

... e os jornalistas amestrados:

Silêncio absoluto sobre as circunstâncias do vazamento das fotos do dinheiro. Exceções: matéria da Carta Capital (Duas trincheiras) e um artigo do Luiz Weis no Observatório.

segunda-feira, outubro 02, 2006

Faltou falar

Plano B: como se lê nos textos da Surya e da Anna, Bahia (Jaques Maravilha!) e Buenos Aires também são opções viáveis.
* * *
Frase do dia, ainda pensando na contribuição que SP deu à Câmara neste ano:
"Democracia é aquela forma de governo em que todos têm o que a maioria merece"
James Dale Davidson

Outubro sem fim

Respire fundo! Fale um palavrão! Isso! Melhorou? Não? Fale outro! Mais alto! E agora? Ótimo! Então relaxe, sente-se, aproveita que a Lei Seca já terminou e peça uma para o garçom. Tem fósforo?
* * *
Tarso Genro diz que a "refundação" do PT é uma necessidade. Comecemos pelo bordão do João Ferrador: "Hoje eu não tô bom!"
* * *
Como disse o Renato Janine na Folha de ontem, eleição não é a luta do bem contra o mal. Não se deixe abater. Desânimo, não! Ainda estamos melhores que as crianças, que por causa do segundo turno vão continuar sem televisão mais um mês.
* * *
O Chico de Oliveira deu uma entrevista há cerca de dois meses na TV Cultura (que hoje mais parece um puleiro de tucanos), quando Heloísa Helena havia alcançado seu maior índice nas pesquisas, e disse que com ressentimento não se faz nada em política. Claro que se referia principalmente ao PSOL, mas também à boa parte dos petistas que insistiam em algumas críticas um tanto desonestas contra a mulher - e concordei com ele. Conversando com meu irmão nesta tarde, cheguei a conclusão de que essa eleição será decidida pelos ressentidos, o que não é um prognóstico animador.
Para ganhar a eleição, Lula, o PT e seus militantes precisam conquistar os votos dos eleitores do PSOL e de Cristovam Buarque que se ressentiram com o governo pelos motivos corretos. O governo deve buscar acordo e assumir determinados compromissos se quiser continuar governo. Falta de humildade e auto-sabotagem já custou o primeiro turno. Quanto aos que se ressentiram com o governo pelos motivos menos louváveis, pode esquecer. Já estão contabilizados para o adversário.
Vai ser uma tarefa difícil.
* * *
Texto para o eleitor de outro Estado que inadvertidamente passar por aqui:
Piedade! Aqui na província já temos o PFL na prefeitura, o PSDB no governo do Estado... Não permita que Alckmin seja o próximo presidente, por favor! Sei que nós não estamos em condições de exigir nada. Fomos maus e agora o país inteiro terá que conviver com Maluf, Clodovil, Celso Russomano e Enéas na Câmara dos Deputados. Confio em seu discernimento; o nosso já perdemos. Impeça a "locomotiva do Brasil" de nos levar e imploda os trilhos, eleitor brasileiro! Perdão! Seja magnânimo!
Muito bem, todos de pé.

domingo, outubro 01, 2006

Leituras no domingo de eleição

Mais importante do que a apuração e o resultado das eleições amanhã, quando saberemos se haverá segundo turno na disputa presidencial, será a entrevista coletiva do delegado Edmilson Bruno.
* * *
Independente do que ocorrer, Lula consolida seu papel de figura política mais importante desde a chamada redemocratização. De 1989 até aqui, as campanhas presidenciais foram o embate entre Lula e o anti-Lula, com ampla vantagem para esse último. A Era Lula representa um período muito maior do que seu mandato. Nem que seja pelo negativo.
* * *
Hoje, os jornalões da província tentam o desfibrilador na campanha pelo segundo turno. Resta saber se funciona.
* * *
Na faculdade, tive a oportunidade de ouvir o professor Leonel Itaussu algumas vezes. Além de observador extremamente lúcido, suas colocações costumavam ser muito bem humoradas. O professor concedeu entrevista ao Terra Magazine hoje:
Como as denúncias de corrupção durante o mandato de Lula afetaram a imagem do presidente?
As denúncias de corrupção atingiram setores expressivos do PT, mas não respingaram na imagem que a opinião pública faz do presidente. Em nenhum momento se registrou queda da popularidade dele. O PT, como filho do Lula - o presidente ajudou a fundar o partido - acabou assumindo uma outra cara, a do filho mal-educado que vive fazendo traquinagem, batendo o carro do pai, chegando em casa depois da meia noite, bebendo mais do que deve e cantando a mulher do vizinho.
A entrevista completa aqui.
* * *

Minha escolha para melhor leitura sobre eleições é O dia de um escrutinador, de Italo Calvino.

quarta-feira, setembro 27, 2006

O que falta

Para o caso do dossiê se transformar no Watergate:
1) Um presidente impopular;
2) Um país onde o presidente seja considerado e respeitado como um super-herói;
3) Uma imprensa livre. Nem precisa ser progressista. Qualquer coisa como o Washington Post já serve;
4) Trabalho incansável de jornalistas como Bob Woodward e Carl Bernstein;
5) Um filme pornô famoso para servir de codinome para a fonte;
Ou seja, quase nada.

quarta-feira, setembro 20, 2006

Fora de hora

O post abaixo estava pronto faz um tempo, mas sabem como é.
"Li um artigo recente do Luis Fernando Verissimo em que ele dizia que iria votar no Lula porque estava acostumado. Ele nem sabe mais por que é que vai votar no Lula, não tem argumentos para isso a não ser a rotina. Ora, o intelectual não pode se conformar com a rotina, de abrir mão da capacidade de refletir. Pode ser com relação ao PT, ao Lula ou a mim, mas você tem que refletir. Eu continuo votando porque sempre votei? Não é um intelectual, não está à altura de sera a expressão mais sofisticada de um sentimento."
(FHC em entrevista ao JT, publicada em 11/09
e republicada pelo Estado, dia 14/09)
A curta resposta do Verissimo (15/09) é a nova epígrafe do TFV.

segunda-feira, setembro 18, 2006

Do sábado para domingo

Art Brut, top of the pops
Franz Ferdinand, top of the pops
Radio 4, top of the pops
Art Brut, top of the pops
Franz Ferdinand, top of the pops
Radio 4, top of the pops
Etc, etc

segunda-feira, setembro 11, 2006

É isso

De acordo com o Coringa em A Piada Mortal, todos somos loucos de alguma maneira e "apenas um dia ruim" separa um homem são de um completo lunático. Na história ele sequestra Gordon e submete o comissário às mais terríveis torturas psicológicas para comprovar sua tese. No momento em que é libertado pelo Batman, Gordon pede ao herói que vá atrás do Coringa para prendê-lo, mas pela lei. - Temos de mostrar que o nosso jeito funciona!
O exemplo é bobo, bobo, mas lembrei dele nesta manhã enquanto lia a notícia do assassinato do coronel Ubiratan. Esperar tiro na barriga ou a manifestação divina para que haja a condenação dos responsáveis pela barbárie não faz parte dos meus ideais de justiça. Preferia ele preso. Agora ele está morto, é só.
E tivemos o dia mais quente do inverno nesta província do país onde tudo está tão miseravelmente fora de lugar.

quarta-feira, setembro 06, 2006

Campanhas

  • Alguns slogans da atual campanha política primam pela imbecilidade completa. E não estou falando dos pequenos candidatos cretinos que utilizam o espaço que têm para fazer uma graça e conquistar simpatizantes desatentos. Estou me referindo aos grandes candidatos que por vezes, talvez contagiados pelo baixo nível da campanha, queiram competir também em termos de estupidez.
  • Já recebi uma série de santinhos de candidatos citando salmos, se Deus é por nós, quem será contra?, entre outras mensagens de esperança e fé. Mas se Deus é por eles, por que precisam do meu voto?
  • O programa do Lula pode ter sido gravado ainda em 2002. O candidato já contava com a vitória naquele ano e provavelmente decidiu usar a equipe e o dinheiro para adiantar a gravação da campanha para a reeleição. CPI nele.
  • Cristovam Buarque parece estar fazendo campanha para o PT. A cenografia continua a mesma da campanha do Lula em 2002. O céu azul claro, as nuvens, a graminha verde. Só faltou a estrelinha.
  • Heloísa Helena fala sorrindo o tempo todo. Incomoda um pouco, principalmente quando ela se refere aos banqueiros, aos políticos corruptos, aos mensaleiros e aos sanguessugas. Parece sadismo. Além disso, para quem estava acostumado com a senadora sempre algumas oitavas acima, dá a impressão que ela está blefando.
  • O estilo "bate, doutor" de Alckmin é de um amadorismo abissal simplesmente porque consolida os votos já consolidados. Não é medida totalmente inócua porque contagiou o Eymael. Mas o Eymael também não vai votar no Alckmin.
  • Alguém também ouviu Luciano Bivar falando "hetacombe social" ou eu já estava delirando?
  • segunda-feira, setembro 04, 2006

    Falta de assunto

    Sem desmerecer a opinião de ninguém, o que o Paulo Betti, o Wagner Tiso ou a Regina Duarte têm a dizer sobre a política nacional não me interessa. Alguém pergunta para o Lula o que ele acha de Páginas da Vida? Claro que não. Porque não interessa. Pergunta para o Alckmin? Não. Pergunta para a Heloísa Helena? Não. Porque não interessa.
    E levando em conta as últimas declarações de lavra udenista, ninguém pergunta para FHC porque tem medo dele querer censurar a novela.

    Gunter Grass

    Gunter Grass não esperou pela posteridade e optou por admitir em vida sua participação na SS nazista. Como a hipocrisia também tem suas formalidades, a confissão veio acompanhada das sutilezas de praxe (muito jovem, apenas 17 anos, etc.).
    Ninguém pretende ou quer julgar o jovem Grass, mas criticar a decisão de um adulto que convenientemente esperou tanto para reconhecer um erro.
    PS: Gianni Carta escreveu um artigo preciso sobre o assunto na Carta Capital da última semana.

    Atualização

    Leia, leia
    Like David Bowie
    Meio-Bossa-Nova
    Terapia Zero

    Clica e vai
    Franklin Martins tem página nova.
    Mino Carta agora também tem blog!

    segunda-feira, agosto 21, 2006

    Atos falhos

    O presidente apresenta uma série de dados a respeito do crescimento econômico, do aumento da oferta de empregos, e do volume das exportações. O sindicalista observa que “a única coisa que cai é o salário”. O presidente se defende e diz que o que caí são os juros e a inflação, mas acabou de ser desmentido em cadeia nacional por um sindicalista inconformado com o discurso macroeconômico. O problema para ambos é que são a mesma pessoa.
    * * *

    O candidato aponta as migrações como a causa da má qualidade do ensino no Estado. Nenhuma seqüela grave. A brigada de incêndio é muito eficiente.

    quinta-feira, agosto 17, 2006



    Verissimo, jazz, arte do Baptistão, futebol...
    Quanta alegria!

    terça-feira, agosto 15, 2006

    Reunião de condomínio

    Não fossem algumas perguntas mais incisivas dos jornalistas no penúltimo bloco do debate presidencial de ontem e poderíamos tê-lo confundido com uma cordial reunião de condomínio. Todos foram elegantes no trato, poucas acusações, muitos elogios, eventuais reminiscências, nenhum inconveniente ou pergunta constrangedora e naturalmente críticas duras ao condômino ausente. Até Eymael arriscou um gracejo bem sacado e arrancou algumas risadas. Tudo muito descontraído.
    Como Lula provavelmente não aparecerá para nenhum dos encontros programados, não se espante se nos próximos os candidatos combinarem de levar alguns refrigerantes e sanduíches de metro que serão servidos pelos mediadores durante o debate.
    PS: A Surya gentilmente me lembrou que eu não disse que o Renato Janine Ribeiro é o autor do texto sobre Cuba listado abaixo. Mas espero que tenham sido tão corajosos quanto ela e enfrentado o desconhecido.

    segunda-feira, agosto 14, 2006

    Tá esperando o quê?

    Cláudio Lembo ainda não colocou Saulo Abreu no olho da rua por motivos estratégicos ou por dó. Os motivos estratégicos - uma vez que a demissão do secretário eliminaria um boquirroto polêmico que convenientemente desvia o foco das críticas ao modelo de segurança adotado no Estado e até aqui conseguiu apenas conquistar corações boquirrotos e polêmicos, ou seja, nada - são compreensíveis.
    Mas se Lembo não o demitiu por temer que o secretário amargue uma difícil recolocação no mercado de trabalho nesses tempos bicudos, embora reconheça a louvável preocupação com um companheiro de administração, gostaria de garantir ao governador que não há porquê se preocupar. Temos uma revista semanal que adora colunistas boquirrotos e polêmicos.

    domingo, agosto 13, 2006

    Truque sujo

    Uma semana sem publicar nada e vir aqui colocar um link para texto alheio não é muito bonito, mas é uma forma de mostrar que as leituras também estão atrasadas. Esse artigo sobre Cuba, por exemplo, saiu dia 04/08 no Valor.

    quarta-feira, agosto 02, 2006

    Notas

    "Sob a democracia, um partido devota suas principais energias à tentativa de provar que o outro partido é incompetente para governar - e ambos conseguem e ambos estão certos".
    H.L. Mencken
    * * *
    Sou contra o voto nulo. Questão de princípios, para não dizer que acho bobagem mesmo. É um voto tão democrático quanto qualquer outro, mas tenho medo das pessoas que anulam. Elas não tem senso de humor.
    * * *
    Lançaram ontem a política do "café-com-leite do século XXI". Como se precisasse.
    * * *
    TFV Serviço: tem texto do Verissimo na Carta Maior.

    segunda-feira, julho 31, 2006

    Mulheres são da Terra, Super-Homens são de Krypton

    Esqueça Lex Luthor. O coitado quer apenas dominar o mundo. O verdadeiro duelo do novo filme do Super-Homem ocorre entre Lois Lane e o kryptoniano. O filme todo é uma grande DR.
    Já no início ficamos sabendo que o Super-Homem esteve fora cinco anos, tentando descobrir o que houve com Krypton. Foi embora e não se despediu de ninguém, nem da Lois. Mas ela não deixa barato. Quando ele volta para a Terra, descobre que ela ganhou um Pulitzer por um artigo intitulado ‘Por que não precisamos do Super-Homem’, que está casada com o sobrinho do chefe e tem um filho.
    Ele salva a vida dela, ela não dá a mínima. O mundo celebra a volta do herói, ela não se interessa. Ela pergunta pelos motivos do desaparecimento. Ele responde que buscava suas origens e outros sobreviventes de seu planeta tristemente destruído para aplacar um sentimento de solidão num Universo em constante expansão, mas ela não quer nem saber. Ela pergunta porque ele voltou, ele explica que estender a mão para as pessoas desesperadas que necessitam de ajuda nesse mundo cada dia mais cruel e intolerante é o verdadeiro papel do herói, mas ela diz que está muito bem sem ele, obrigada.
    Ele salva a vida dela novamente. Ele salva o mundo. Ela também salva a vida dele. Mas gostaria de salvar mais uma para não ficar devendo nada.

    quinta-feira, julho 20, 2006

    Outra vez

    Justificando as investidas contra o Líbano e criticando as acusações de que os ataques de Israel são desproporcionais, Shimon Peres disse em entrevista ao Global Viewpoint (publicada pelo Estado) que "existem quatro organizações imunes a qualquer consideração diplomática ou política: Irã, Síria, Hamas e Hezzbollah - dois países e duas organizações terroristas". Nas contas deveria ter incluido também Israel e os EUA, sem esquecer o próprio Líbano, já que o apreço diplomático pelo país é nenhum.
    Israel tem um salvo-conduto concedido pelo Texas de mais uma semana para arrebentar todo o Líbano à procura dos foguetes e membros do Hezzbolah. Resultado até agora: quatro membros do Hezzbolah mortos e 500 mil libaneses refugiados segundo a UNESCO. Talvez não seja a forma mais apropriada de "devolver a esperança aos libaneses" ou impedir a escalada de violência no Oriente Médio.

    quinta-feira, julho 13, 2006

    Onda

    Quem diz que os ataques do PCC servem para desestabilizar a campanha tucana é débil mental ou cínico.

    domingo, junho 11, 2006

    Informe

    Para ninguém dizer que sou um alienado, estou postando textos sobre a Copa lá no Q2I.

    quarta-feira, junho 07, 2006

    Irrelevância

    Vira e mexe a turma interessada em enterrar de vez as universidades públicas do país cita o eficiente modelo chileno de financiamento do ensino. O que os estudantes chilenos pensavam a respeito era irrelevante. Hoje nós já sabemos a resposta.
    * * *
    Outra questão irrelevante no Brasil, a social, continua sendo tratada como caso de polícia. É o mantra. Ao comparar o PCC ao MLST, Artur Virgílio está apenas recitando o rare-rama nacional.
    * * *
    O funcionário da Câmara que tomou uma pedrada e foi internado em estado grave com traumatismo craniano tem pai, irmão e esposa grávida do segundo filho. Dos manifestantes ninguém sabe qualquer coisa. Ou não se lembrou de perguntar. Por irrelevância.
    * * *
    Depois da declaração do ACM exigindo uma reação das Forças Armadas para impedir que o país se transforme numa "ditadura sindical" liderada pelo "homem mais corrupto que já chegou à Presidência da República", é bom averiguar se ele também não tomou alguma pedrada na cabeça também.

    domingo, junho 04, 2006

    Anrã

    Entre os dias 13 e 20 de maio foram registrados nas delegacias 28 casos de resistência seguida de morte (mortes em confronto com policiais). Das 28 pessoas mortas nesses confrontos, 20 foram atingidas por disparos efetuados de cima para baixo e o ângulo dos disparos indica que as vítimas poderiam estar ajoelhadas ou deitadas no chão.
    Os defensores públicos que analisaram os laudos afirmaram que não se pode fazer um julgamento apressado a respeito da ação da polícia e a conclusão (se ocorreram ou não execuções) depende de outros fatores.
    A Defensoria Pública está fazendo o seu trabalho com responsabilidade e numa atitude serena e louvável preferiu não dar declarações que soariam levianas nesses momento tão delicado. Mas se não ficar comprovado que os homens da corporação são muito mais altos que a média nacional, haja física para explicar o que aconteceu nesses casos.

    sexta-feira, maio 19, 2006

    Vices


    Não é fácil ser vice no Brasil. No esporte isso é quase compreensível, uma vez que de acordo com Nelson Piquet, o vice é o primeiro dos perdedores. É um truísmo que funciona perfeitamente para o simplificado mundo competitivo do perde-ganha.
    Em política, o vice é o segundo dos ganhadores. Talvez aí resida a sua miséria.
    O Brasil é cruel com seus vices porque o propósito de sua existência é cruel. O vice entra em cena nos momentos de morte, renúncia, oportunismo político ou qualquer outra desgraça institucional. Desconfiou-se do vice desde o início. O artigo 42 da Constituição de 1891 afirmava que o vice-presidente assumiria o cargo apenas se já houvesse transcorrido metade do mandato do presidente. Caso contrário, o vice assumiria e convocaria eleições imediatamente. Pois não deu outra: Deodoro renunciou com quase nove meses de mandato, Floriano assumiu e ao invés de convocar eleições, levou o mandato até o fim de maneira muito truculenta. Vices não são confiáveis!
    Dali em diante, nenhum dos vices que assumiram o governo tiveram sossego. Café Filho ficou doente e foi impedido; João Goulart quase não tomou posse, assumiu o governo e sofreu um golpe; Pedro Aleixo sofreu um golpe dentro do golpe. Até hoje os teóricos da conspiração acreditam na participação de José Sarney na morte de Tancredo. O caso de Itamar Franco foi pior. Na impossibilidade de concederem um impedimento para ele também, resolveram ridicularizá-lo durante o resto do mandato. Marco Maciel foi discreto o tempo todo sabendo da aversão nacional ao cargo que ele ocupava. Os eleitores de Lula têm sérias restrições ao José Alencar. Aquele jeito bonachão não engana ninguém.
    Aqui na Província, como não poderia deixar de ser, temos seguido a tradição. Alckmin era vice-governador e muitas das pessoas que torciam pela recuperação de Mário Covas não gostavam tanto assim dele. Gilberto Kassab é tão discreto que muitos paulistanos crêem não haver mais prefeito e vivem um parlamentarismo municipal. Claúdio Lembo entraria facilmente para a longa lista de vices discretos que apareceram na recente história política brasileira. Nove meses de mandato, talvez ninguém o notasse. Mas o caldo entornou justamente quando ele estava tomando conta da panela.
    Nas duas entrevistas relacionadas abaixo, Lembo aborda uma série de questões do episódio(negociou ou não?) e outras estruturais (desigualdade social) de um ponto de vista surpreendente para alguém em sua posição e de seu partido. Tanto é que algumas pessoas acreditam que ele ficou louco. Pode ser. Mas talvez ele esteja tentando redimir uma categoria historicamente acuada e partiu para a ofensiva.

    Entrevistas

    Cláudio Lembo, na Folha de ontem e na Terra Magazine de hoje.
    Comento outra hora.

    quinta-feira, maio 18, 2006

    Clica e vai

  • Terra Magazine: dirigida pelo Bob Fernandes, com Antonio Luis M. C. Costa, Jorge Furtado, Milton Hatoum entre outros. E mais: toda segunda uma nova tirinha das Cobras do Verissimo - a melhor notícia do ano até aqui!
  • Zica: bastou elencar a coluna do Franklin Martins aí ao lado e pouco tempo depois a TV Globo o dispensou. Se está relacionado ou não com a acusação do parajornalista, não sei, Dona Pureza, mas no Observatório tem toda a cobertura do caso.
  • Para não sentir que estou fazendo a mesma coisa e simplesmente tirar o link da página (que ainda é muito boa apesar de não ser mais atualizada), resolvi relacionar a página da CBN. E antes que digam "ih, ó o cara", me deixem explicar: além do Franklin Martins, também se pode ouvir os comentários de Juca Kfouri, Armando Nogueira, Xexéo e Cony, Arnaldo Jabor, Lucia Hippolito e Carlos Sardenberg, bastando para isso clicar no lugar certo. Lugar certo aí no sentido de "por sua conta e risco".
  • Dá até vergonha de falar, mas só descobri nesta semana que o Ivan Lessa publica textos na página da BBC Brasil. A vantagem é que podemos ler suas colunas desde 2002!
  • Mais ainda do que uma vergonha, esse sim um crime: descobri que a expressão "Clica e vai" é um plágio grosseiro e descarado da página do Millôr, outra que já deveria estar aqui ao lado. Como homenagem e para nos lembrar de que sou apenas um farsante, a expressão "Clica e vai" continuará ali onde nunca deveria ter entrado.
  • Engenhoso

    A chapa Geraldo Alckmin e José Jorge deve fazer parte de um plano para confundir os eleitores que pretendem anular o voto.

    segunda-feira, maio 15, 2006

    Resultados

    Jean-François Revel, filósofo francês falecido mês passado, admirava os EUA porque via ali uma sociedade-laboratório da globalização liberal. Para ele, se quiséssemos saber para onde esse modelo político-econômico estava nos levando, bastaria observarmos a sociedade americana. Era uma análise otimista, pró-americana e equivocada. Não apenas porque as medidas tomadas pelo governo norte-americano fariam John Locke revirar na tumba, mas também porque existem outros países que apresentam melhores laboratórios. Como o nosso, por exemplo.
    O sonho neoliberal tornou-se realidade aqui na Província: o Estado mínimo e tudo nas mãos da iniciativa privada. Ou como já disse o Verissimo, a substituição de uma cleptocracia para poucos por uma dinâmica cleptocracia de resultados. Falta de investimentos, ausência de uma política de segurança séria, policiais despreparados e grupos criminosos cada vez mais organizados. Não podia dar em outra coisa. A gente segue a receita, o bolo não cresce e ainda por cima queima.
    Como tudo piora, as soluções "cadeia ou IML"continuam ganhando adeptos. O autoritarismo do discurso 'direitos humanos para humanos direitos' - facilmente substituível por 'direitos humanos para humanos da direita' - está na ordem do dia. Mas ninguém admite ser essa a 'tentação totalitária'.

    A semanal

  • A matéria/entrevista da semana: justo quem, para quem, sobre quem e onde.
  • Conta-se que se a família Civita tivesse pedido um parecer ao ministro Roberto Campos a respeito da viabilidade da publicação de uma revista semanal de informação no Brasil, teriam ouvido que fariam melhor negócio se publicassem uma versão traduzida da revista Time. Mas naquela época quem fazia o papel de entreguista era o Bob Fields. Ou talvez fosse mais um visionário querendo nos poupar.
  • Do jeito que vai, a revista poderia assumir o alcoolismo de vez e mudar seu nome para 'Breja'.
  • sexta-feira, maio 12, 2006

    Jogo duro

    Agora passou da medida! Chega de convenções internacionais e bons modos. Devemos negociar à brasileira e dar duro neles. Estão pensando o quê? A proposta é a seguinte: trocamos o Acre pelo gás, eles levam o Hildebrando Pascoal e devolvem o cavalo. Dos bons, nada de lhamas!

    quarta-feira, maio 03, 2006

    Maus meninos

    O raciocínio brasileiro a respeito da nacionalização das operações de petróleo e gás boliviano foi sintetizado pelo mais ilustre comunista arrependido do país, deputado Roberto Freire (PPS-PE). Com originalidade, o deputado atribuiu ao governo Lula a culpa pela crise com a Bolívia. Mas ressaltou que o decreto do presidente boliviano foi um legítimo ato de soberania e que deve ser respeitado, uma vez que Evo Morales foi eleito pelo povo.
    Ou seja, se segui o raciocínio, Lula e o Itamaraty falharam porque não conseguiram impedir que Evo Morales tomasse uma decisão soberana no país onde foi eleito presidente pelo voto popular. Em suma, Lula e o Itamaraty erraram porque não foram suficientemente imperialistas.
    Os ranhetas que até outro dia defendiam a privatização da Petrobrás estrebucham indignados com essa afronta ao brios nacionais. Numa mistura de satisfação e horror, acusam o governo de incompetência e Morales de populista. Não me espantaria se até domingo descobrissem armas de destruição em massa na Bolívia. Nos próximos quarenta dias, serão os bolivianos os nossos vizinhos detestáveis da vez.

    segunda-feira, abril 24, 2006

    De esquerda


    A cena é antológica. No filme Aprile, Nanni Moretti acompanha o debate entre Massimo D'Alema e Sílvio Berlusconi pela televisão, caminha de um lado para outro na sala inconformado com o desempenho de D'Alema diante dos disparates de Berlusconi e, num misto de raiva e vergonha, grita: "Reage, D'Alema! Responda alguma coisa, reage! Diz alguma coisa de esquerda!".
    Estamos esperando "alguma coisa de esquerda". Qualquer coisa.
    * * *
    Vários comentaristas associam o comportamento da imprensa em relação ao governo atual com a atuação da imprensa na década de 50 e 60. Mas naquela época as coisas se resolviam de maneira diferente. Um amigo lembrou uma história nada exemplar e sintomática.
    David Nasser, repórter de O Cruzeiro e um dos símbolos da pior imprensa que se fazia por aqui, vivia escrevendo artigos criticando Leonel Brizola de forma bem deselegante. Certa vez, Brizola encontrou Nasser no saguão de um aeroporto e não teve dúvidas: nocauteou o repórter com dois socos.
    Tratando-se do Brizola, não sei se os socos foram de esquerda, mas combinar posicionamento político e os punhos favorece sempre a reação. Atitudes intempestivas como a de Brizola tiveram sua época e, vá lá, o seu charme. Hoje em dia, não têm mais lugar. Porém, uma vez que estamos voltando para os Anos Dourados, uns parajornalistas por aí bem que mereciam uns sopapos. Ou pelo menos uma escarrada na cara.

    sábado, abril 22, 2006

    Clica e vai

    Sai Markun (gente que não atualiza o blog é fogo!), entra Franklin Martins.

    quinta-feira, abril 06, 2006

    Olha aí

    Quando digo que São Paulo é provinciana de dar dó, algumas pessoas acham que estou exagerando. Mas em que lugar do país alguém faria isso?

    quinta-feira, março 30, 2006

    Imagina

    O IBGE publicou hoje: o PIB de 2005 foi de R$ 1,9 trilhão, o que representa um PIB per capita de R$ 10,5 mil. Ah, se isso correspondesse a realidade! Que beleza, hein? Ninguém pagaria Imposto de Renda!

    terça-feira, março 28, 2006

    Desatentos

    Quem diria que a queda de Palocci seria provocada por um presidente de banco?
    * * *
    Ninguém aí acredita que o foi o caseiro quem derrubou o ministro, né? Ah, bom! Era só para ter certeza.
    * * *
    "Nildo, como é chamado na intimidade, foi outra surpresa de março. Que do bem seja. Por enquanto, como o presidente espanhol diante das promessas do ETA, me reservo o direito da cautela. Achei um pouco demais ele se referir a si próprio na terceira pessoa, como se fosse uma entidade ou Pelé, e soltar bordões e slogans mais adequados ao palanque do PSDB.
    Felizmente, Nildo é do sexo masculino. Ao menos de um ensaio fotográfico na Playboy já nos livramos."
    (Sérgio Augusto, em artigo do Aliás, domingo passado)
    * * *
    Quando acusavam o governo de incompetência e despreparo, nossa falta de atenção pensava que se tratava de preconceito e dor-de-cotovelo. Não era. Era know-how.

    sexta-feira, março 24, 2006

    De que jeito?

    Não consegui me indignar com as fotos da capa do Estadão de hoje que mostram a deputada Angela Guadagnin (PT-SP) dançando alegremente no plenário da Câmara após a absolvição do colega deputado João Magno (PT-MG). Pelo contrário, morri de rir. Não agüentei, desculpem.
    Sei que não deveria, afinal de contas, que coisa, né, gente? Nào há nada de engraçado. Desfaçatez, certo. Como cidadão brasileiro, eleitor e contribuinte, deveria espumar de raiva. Mas não resisto ao carisma de uma vovó faceira.

    quinta-feira, março 16, 2006

    Anauê

    "O primeiro dia de Geraldo Alckmin como candidato do PSDB à Presidência começou com a defesa da família, da religião e da tradição e passou por ataques ao MST e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva." (sinopse de capa da FSP publicada pela Radiobras)
    PS: Ontem, na abertura do 10 º Congresso Mundial de Jovens Empreendedores realizado nesta Província)



    Papelão

    Se continuar negando que esteve na mansão da 'República de Ribeirão', Palocci pode passar pelo constrangimento de uma acareação com o caseiro que informou em entrevista ao Estadão (terça-feira, 14.03, o primeiro 'furo' deles desde o início da crise toda) ter visto o ministro algumas vezes por lá. Se admitir agora que já esteve na mansão, significa que mentiu no seu depoimento à CPI e sua saída do ministério seria uma questão de horas.
    Alguns amigos sugerem que Palocci admita visitas à mansão, não para repartir dinheiro, mas como convidado das famosas festas organizadas ali, para transformar o caso em deslize moral e preservar a figura de Lula. Depois disso, em contrapartida, o governo deveria oferecer ajuda ao ministro e impedir a aplicação dos bons cascudos que ele vai tomar em casa.

    quarta-feira, março 15, 2006

    Apelando

    Se a garrafal manchete do Estadão de hoje (Alckmin enfrentará Lula) está correta, ontem foram decididas duas candidaturas à presidência da República, e não apenas a candidatura do PSDB como registrou a Folha (Alckmin será o candidato do PSDB). Claro, seremos todos mico-de-circo se o presidente não sair candidato à reeleição, mas Lula não anunciou sua candidatura ainda.
    A cobertura do anúncio também funcionou como ensaio geral de uma eventual cerimônia de posse de Alckmin. Entendo que queiram comemorar a indicação e o final da novela, afinal também sabemos qual candidato será apoiado pelo jornal na eleição, mas trazer biografia, trajetória política, histórico escolar e fotos da infância de Alckmin por causa do anúncio de sua candidatura à presidência é um pouquinho demais, não? Se Anthony Garotinho vencer as prévias do PMDB neste final de semana, vão fazer a mesma coisa?
    O jornal está muito preocupado em desde já polarizar a eleição e criar um clima plebiscitário, mas haverá tempo suficiente para amolar as facas e erguer as barricadas. Calma, pessoal! Olha o coração!

    Indocências

    (A seção Indocências ganha espaço permanente no TFV a partir de
    hoje e infelizmente não tem data para terminar)

    Pesquisa

    Nesta quarta-feira e pela primeira vez desde o início do ano letivo, a discussão sobre o eliminado do BBB perdeu a liderança na pauta de assuntos no colégio. O tema hoje era naturalmente o anúncio da candidatura de Geraldo Alckmin. O que talvez possa ser explicado pelo clima e cobertura digna de reality show.

    Democracia madura
    - Tomara que o Lula não ganhe a eleição. Pelo amor de Deus, Lula não! Sem querer parecer preconceituoso, mas como um cara que teve a capacidade de perder um dedo numa máquina pode ser presidente? Como uma pessoa que não consegue tomar conta do próprio dedo pode tomar conta do Brasil?

    terça-feira, março 14, 2006

    Um ano


    Ontem o blog fez aniversário. A culpa é toda sua! Parabéns!

    Notícia

    Enquanto isso, em qualquer outro lugar do Brasil.
    - Você viu? O candidato do PSDB vai ser o Geraldo Alckmin.
    - Quem?
    - Geraldo Alckmin, governador de São Paulo.
    - Hum...
    - Aquele que era vice do Covas.
    - Ah!

    Fim de novela

    Em janeiro, Geraldo Alckmin afirmou que não gostaria de ser candidato por W.O.. Mas foi quase.
    Sabendo que seu nome não seria ungido pela cúpula tucana e teria que disputar (e provavelmente perder) as prévias, José Serra desistiu da candidatura.
    Ganhou quem bateu primeiro. Alckmin mostrou mais habilidade do que Serra e maior conhecimento a respeito do partido do que o próprio triunvirato. Alguns serristas acusaram, com razão, os métodos "malufo-quercistas" de Alckmin para obter a indicação do partido. Mas num partido cada dia mais parecido com o PMDB, Alckmin usou estratégia conhecida e se embrenhou na burocracia do partido.
    Com isso, inviabilizou o tradicional método de escolhas entre os tucanos. O PSDB também não resistiria às prévias. A candidatura Alckmin custaria menos ao PSDB, por isso acabou vencendo.

    Ciência hoje

    O Partido dos Ranfastídeos anunciou hoje a candidatura do Sr. Cucurbitáceo à presidência da República das Musáceas. Sr. Cucurbitáceo deverá enfrentar o Sr. Cefalópode que atualmente ocupa o cargo.

    É cada uma

    Cada bloguista participante tem de enunciar cinco manias suas, hábitos muito pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher cinco outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogues aviso do "recrutamento". Ademais, cada participante deve reproduzir este "regulamento" no seu blogue.
    Mania 01 - Quando alguém me pede informação na rua, paro e respondo com toda a paciência. No caso de ruas ou linhas de ônibus, procuro ser o mais claro possível e repito sempre que necessário todas as coordenadas. Sábado, ajudei um argentino a chegar no Instituto Butantã e ainda anotei para ele o número da linha que ele deveria tomar para voltar até a rodoviária. Algumas pessoas chamam de educação, mas acho que é mania.
    Mania 02 - Falar sozinho em inglês. Estupidez promovida a mania.
    Mania 03 - Faço minhas refeições rápido demais, independente do volume de comida e do tempo disponível. Os amigos reclamam, então deve ser mania.
    Mania 04 - Não consigo olhar muito tempo para a mesma pessoa quando estamos conversando. Presto atenção em tudo o que ela diz, mas preciso desviar o olhar de vez em quando. Como isso já me rendeu inúmeros problemas, acredito que seja mania.
    Mania 05 - Leio críticas de cinema antes e depois de ver um filme. Exercício saudável, como toda mania.

    terça-feira, fevereiro 21, 2006

    Suplicysmos

    O senador Eduardo Suplicy(PT-SP) teve um dia agitado ontem. Participou de uma manifestação contra a absolvição do coronel Ubiratan Guimarães, inocentado da acusação de matar 102 dos 111 presos (não pode ser responsabilizado pelos nove mortos à golpes de faca) no massacre do Carandiru. Com outros manifestantes, o senador desempenhou papel de um dos mortos no massacre, na frente do Tribunal de Justiça de São Paulo.
    À noite, o senador compareceu ao show do U2: "Vim ao show especialmente para ver Bono Vox, pelo engajamento dele na luta pela erradicação da pobreza em todo o mundo".
    Nota 7,5.

    Guerra das Estrelas

    (sugestão e idéia original de Daniel Gonçalves)
    Ao comunicar a sua “decisão amadurecida” a integrantes do grupo político que o apóia, Alckmin disse: “Quer dizer que o Serra quer unanimidade? Para ele ser candidato eu tenho que renunciar à minha candidatura? Pois então ele não será candidato. Não abro mão de disputar”. Se quiser concorrer à presidência, diz Alckmin, Serra terá de disputar com ele a preferência do partido.
    - "Good, Alckmin, good! I can feel the anger fluing through your blood lines"

    quarta-feira, fevereiro 15, 2006

    Indocência

    Sala dos professores.
    I
    - Vocês viram que Beltrano está triste porque a Sicrana está ficando com Fulano.
    - Mas é claro. Você acha que a Sicrana depois de experimentar Fulano, voltaria para Beltrano? Fulano é um homem vivido. Já saiu até com mulher casada.
    II
    - Eu achei ótimo colocarem Fulano (outro, homônimo - provavelmente com o mesmo sex appeal do primeiro) na sala tal. Vocês viram, as piriquitas estão todas pulando por causa dele.
    III
    - Dona Diretora, prefiro não organizar a feira cultural na 8ª série porque não tenho afinidade com a sala.
    - Afinidade? Isso não existe! Você vai organizar a feira cultural lá porque estou mandando.
    IV
    - Dona Diretora, como deveríamos trabalhar o tema da terceira idade com a 5ª série?
    - Não sei, pensem em alguma coisa. Façam maquetes...

    sexta-feira, fevereiro 10, 2006

    Flanfo

    Em setembro de 2001, por ocasião de lançamento do Houaiss, o Verissimo defendeu a publicação de um Dicionário Reivindicativo da Língua Portuguesa que seria composto por palavras que não existem, mas que deveriam existir. Por exemplo, um adjetivo como rechechê (sinônimo de elaborado, prolixo, preciosista) descreveria de maneira exata os modos de nosso ex-presidente. Outra: Flanfo (definição para 'sujeirinha de umbigo') seria um ótimo título para uma auto-biografia.
    Naquele mesmo mês e ano ocorreu o ataque terrorista contra o WTC. No dia do atentado, estava dando aula numa sala de 3º ano do Ensino Médio, quando a diretora da escola entrou esbaforida pela sala, quase aos berros:
    - Professor! Leve os alunos até a sala de vídeo! Nos Estados Unidos, um acidente com um avião acabou de derrubar o Empire State!
    (lembrança inspirada por um texto da Monix, publicado hoje em Duas Fridas)

    terça-feira, fevereiro 07, 2006

    "É somente requentar, e usar"

    "A destruição do passado - ou melhor, dos mecanismos sociais que vinculam nossa experiência pessoal à das gerações passadas - é um dos fenômenos mais característicos e lúgubres do final do século XX. Quase todos os jovens de hoje crescem num presente contínuo, sem qualquer relação orgânica com o passado público da época em que vivem. Por isso os historiadres, cujo ofício é lembrar o que os outros esquecem, tornam-se mais importantes do que nunca no fim do segundo milênio. Por esse mesmo motivo, porém, eles têm de ser mais que simples cronistas, memorialistas e compiladores."
    (HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos. SP: Cia.das Letras, p.13)
    Em 14 de julho passado, o senador Arthur Virgílio afirmara da tribuna “Estou dizendo aqui, na melhor das hipóteses, senhor Lula, o senhor é um idiota; na pior, o senhor é um corrupto”. Naquela semana, dia 12 de julho, os jornais publicavam uma pesquisa apontando um crescimento da popularidade de Lula, mesmo com todas as denúncias de corrupção que assombravam o planalto.
    Na semana em que a revista Isto É publicou matéria de capa com o ex-presidente e sua frase "A ética do PT é roubar", FHC também concedeu entrevista ao programa Roda Viva de ontem, na qual afirmou a respeito do esquema de compra de parlamentares da base aliada: "Ou (Lula) é muito ingênuo, portanto não estava preparado para ser presidente, ou ele sabia, o que é pior ainda". Domingo, dia 05, o Datafolha publicou outra pesquisa mostrando um crescimento na popularidade do presidente.
    O que eu quero dizer com isso? Nada, nada. Sou um simples cronista, memorialista, um compilador... um cara chato, enfim.

    domingo, fevereiro 05, 2006

    Os intolerantes

    Interessante observar os diletos defensores da ampla liberdade de expressão criticarem a reação exagerada da comunidade muçulmana contra as caricaturas do profeta Maomé, acusando-a de não compartilhar os valores da sociedade ocidental, e manifestaram apreensão com a vitória do Hamas nas eleições palestinas.
    Novidade nenhuma. A repercussão da eleição do Hamas na AP e a campanha solidária pela liberdade de imprensa movida pelos jornais europeus são apenas o exemplo mais recente de uma velha tese: ninguém gosta muito de democracia. A democracia parece aquela tia solteira que todo mundo adora e acha o máximo, mas queria mesmo era que estivesse bem casada.
    Ainda que a apreensão da comunidade internacional se justifique pelo histórico envolvimento do partido em atentados terroristas, deve-se lembrar que o Hamas venceu o pleito através de eleições livres e sem fraudes aparentes, como manda o figurino. Muito diferente do que aconteceu com a maior democracia do mundo em 2000. Chegando ao poder de maneira legítima e não pela via armada, o Hamas fez uma opção política e espera-se que a alternativa terrorista seja descartada. Justamente por isso, merecem algum crédito. E torcida, muita torcida.
    Em artigo do Aliás de hoje, o filósofo Tariq Ramadan considerou a publicação das charges "uma forma obtusa" de analisar a questão da liberdade de expressão. Para evitar a idolatria, os muçulmanos proibem a representação da figura humana e a iniciativa de fazer uma caricatura do profeta parece uma provocação gratuita. Provocação que, segundo o filósofo, não deveria levar a reações tão emocionais da comunidade. Ramadan aponta que o mais grave nesse caso não são os inexistentes limites legais para a liberdade de expressão, mas os limites cívicos. Retratar Maomé com uma bomba no turbante não é um simples exercício do direito de opinião, mas uma ofensa a todos os muçulmanos. Em poucas palavras, é crime e tem nome: racismo.
    Os muçulmanos não são menos democráticos porque não elegem os candidatos preferidos pelo Ocidente e porque não acham muita graça nas piadas que fazem sobre sua tradição, não quer dizer que lhes falta senso de humor. Estão sendo apenas coerentes. Outra coisa que as democracias ocidentais nunca entenderam muito bem.

    segunda-feira, janeiro 23, 2006

    Lá e cá

    Sérgio Augusto escreveu um artigo muito bom (redundância, redundância) chamando a atenção para o comportamento da imprensa a respeito da eleição de Evo Morales. Citou um artigo do neoconservador David Brooks e um editorial do NYT que saudavam a eleição de Morales, e um comentário de Carlos Alberto Sardenberg ("brasileiro, sem sangue índio, aparentemente mais seguro do que a CIA sobre o que sucederá na Bolívia a partir de amanhã") que prevê a aliança de Evo, Fidel e Hugo Chávez, o horror, o horror. Para quem nunca se interessou pela Bolívia, os mais realistas que o rei estão muito preocupados.
    E quem fica feliz com a posse de Evo Morales e a vitória de Michelle Bachelet descobre duas páginas depois que Cavaco Silva foi eleito presidente de Portugal no primeiro turno e que as eleições parlamentares no Canadá devem levar um simpatizante de George Bush ao cargo de primeiro-ministro. É verdade que nada de muito significativo acontece por lá, mas não poder confiar nos canadenses assusta um pouco.

    sábado, janeiro 14, 2006

    Tudo sob controle

    As afirmações do secretário de Segurança Pública de São Paulo sobre os ataques contra bases comunitárias da PM são lapidares. Saulo Abreu comentou que o destino dos autores do atentado será "cadeia ou IML" e não acredita que os ataques tenham sido provocados para desestabilizar a campanha eleitoral do governador Alckmin à Presidência da República.
    "Cadeia ou IML" sempre foram as opções da política de segurança pública em SP e a constatação do secretário não traz nenhuma novidade escandalosa. Por isso ninguém notou a falta de serenidade no comentário.
    Gostaria de lembrar que pelo menos três pessoas morreram na série de atentados(um policial e dois criminosos), a PM acuada e disposta a tudo aumenta a sensação de insegurança e os baixos investimentos no setor reforçam a solução mais violenta.
    Quanto ao mais importante, pode ficar tranqüilo secretário. A campanha eleitoral continua firme e forte.

    quinta-feira, janeiro 12, 2006

    Poucas e boas

    Para quem gosta de antologias de frases, Carta Capital nos fez o favor de publicar Frases Capitais 2005 em edição de bolso com as frases do ano que já foi tarde. Com apresentação de Nicolau Sevcenko e a promessa de tranformar o projeto em publicação anual, temos uma amostra daquilo que melhor se produziu no pensamento ocidental.
    O grande campeão é Severino Cavalcanti. Alguns pensamentos da ilustre figura são verdadeiros achados. Duas da imensa lavra: "Ah! Esse aqui é o dono do Brasil." - ao ser apresentado a Lázaro Brandão, presidente do Bradesco. "Oposição? Tá doido? Eu gosto é de governo".
    Lula também não deixou por menos e nos brindou com algumas pérolas. Uma delas de uma profundidade anti-sartreana pouco percebida então: "O problema do Brasil não são os outros, mas nós mesmos".
    A coletânea está dividida em áreas e além de política abrange economia, mundo, variedades, esportes e cultura. Nessa última, a frase de Daniel Baremboin, maestro argentino-israelense, talvez seja a mais significativa numa época tão esquisita quanto a nossa: "Judeus e árabes são iguais ante Beethoven". Bem, pelo menos é a que mais gosto.

    quarta-feira, janeiro 11, 2006

    Duas

    Moitas
    José Serra pode desocupar e deixar Gilberto Kassab em seu lugar fazendo o que um pefelista faz como ninguém. César Maia acena com a possibilidade de desocupar, mas quem acredita? Garotinho está doido de vontade de desocupar. Geraldo Alckmin deu até prazo para desocupar. Lula não sabe ainda se desocupa. E a gente aqui, esperando.
    Frases
    Se frases como "Não serei candidado por W.O." tornarem-se recorrentes numa eventual eleição de Geraldo Alckmin à presidência, seus assessores já elaboraram a justificativa política: herança maldita.