terça-feira, fevereiro 07, 2006

"É somente requentar, e usar"

"A destruição do passado - ou melhor, dos mecanismos sociais que vinculam nossa experiência pessoal à das gerações passadas - é um dos fenômenos mais característicos e lúgubres do final do século XX. Quase todos os jovens de hoje crescem num presente contínuo, sem qualquer relação orgânica com o passado público da época em que vivem. Por isso os historiadres, cujo ofício é lembrar o que os outros esquecem, tornam-se mais importantes do que nunca no fim do segundo milênio. Por esse mesmo motivo, porém, eles têm de ser mais que simples cronistas, memorialistas e compiladores."
(HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos. SP: Cia.das Letras, p.13)
Em 14 de julho passado, o senador Arthur Virgílio afirmara da tribuna “Estou dizendo aqui, na melhor das hipóteses, senhor Lula, o senhor é um idiota; na pior, o senhor é um corrupto”. Naquela semana, dia 12 de julho, os jornais publicavam uma pesquisa apontando um crescimento da popularidade de Lula, mesmo com todas as denúncias de corrupção que assombravam o planalto.
Na semana em que a revista Isto É publicou matéria de capa com o ex-presidente e sua frase "A ética do PT é roubar", FHC também concedeu entrevista ao programa Roda Viva de ontem, na qual afirmou a respeito do esquema de compra de parlamentares da base aliada: "Ou (Lula) é muito ingênuo, portanto não estava preparado para ser presidente, ou ele sabia, o que é pior ainda". Domingo, dia 05, o Datafolha publicou outra pesquisa mostrando um crescimento na popularidade do presidente.
O que eu quero dizer com isso? Nada, nada. Sou um simples cronista, memorialista, um compilador... um cara chato, enfim.

Um comentário:

kellen disse...

Dentre as opções, fico com a sua chatice ;)
E, falando nisso, dias de luta em 2006, hein?