quarta-feira, dezembro 13, 2006

Farra

Via lei de incentivo, uma empresa consegue abatimento no imposto de renda sempre que patrocine atividades culturais, o que na prática permite que ela recupere o dinheiro gasto. Ou seja, quem paga é o poder público. Mesmo no caso de um evento proibitivo para a maioria dos contribuintes, exemplos não faltam, quem paga o espetáculo é o poder público e quem posa de mecenas é o poder privado.
Como lembra a Anna, os atletas que lutam por leis de incentivo para estimular o patrocínio ao esporte nacional estão com a razão e os artistas que reagiram preocupados também. Resta saber quais serão os critérios estabelecidos para investimento. Não custa lembrar que os bingos continuam fazendo fortuna enquanto o esporte mendiga. E os clubes de futebol resistem a duas temporadas na série C, mas não a uma auditoria da receita.

Um comentário:

Anônimo disse...

Pois é, agora deu no jornal que a solução salomônica não rolou, e que esporte e cultura vão, sim, brigar pelos mesmíssimos recursos da isenção fiscal.
*suspiro*