terça-feira, março 29, 2005

Fim de caso

- Tenho uma coisa importante pra falar.
- Hum...
- Vou embora.
- Hã?
- Eu... vou embora.
- Como assim?
- Estou indo. Daqui pra frente é comigo.
- Ficou louco? E quem vai cuidar de você?
- Ora, eu...
- Não, não! Me responde! Lembra do primeiro encontro? Quem foi correndo socorrer você naquele fim de noite, quando você estava sem gasolina, hein?
- Você...
- Quem leu e acreditou em todas as suas cartas, nas suas falsas promessas, correndo o risco de ficar falada por aí?
- Você...
- E quem depois de tanta dedicação acabou sorrateiramente abandonada? E mais uma vez, quem esperou pacientemente pelo seu arrependimento e te acolheu com os braços abertos?
- Você...
- Quem orientava nos momentos difíceis? Quem apresentava as soluções? Quem tinha a serenidade para apontar o caminho? Quem impedia você de tomar os pés pelas mãos? Quem tomava as decisões? Durante 25 anos, quem, afinal, te deu prumo nessa vida?
- Você...
- Pois então! E agora isto? Tudo bem! Vai! Mas fica sabendo de uma coisa... ai.
- Não chora!
- Eu gosto tanto de você!
- Eu sei. Mas está decidido.
- Você vai voltar rastejando! Você vai ver! Você ainda vai precisar de mim!
- Não fala assim, FMI.
- Ingrato!

2 comentários:

Anônimo disse...

hahahahahahah, que lindo!

kellen disse...

Amor ingrato!!!hehehehhe