sexta-feira, agosto 26, 2005

Gota d'água II

Uma chave para entender a má vontade para com o Verissimo é lembrar que ele já era um cronista consagrado quando o tucanato chegou ao poder. Admitiu modestamente em entrevista que suas posições políticas alcançaram notoriedade apenas porque criticava Fernando Henrique quando todo mundo estava a favor.
Como ele tinha razão, ninguém encheu muito. Mas a raiva não passou.
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"Já disse que não aceito minha indicação para presidente da República, se convocado não concorrerei, se concorrer não farei campanha, se ganhar não tomarei posse, e se tomar posse farei um festão... Mas, por via das dúvidas, tenho observado o comportamento de pessoas para um eventual aproveitamento no meu governo. Li na Veja que o Éfe Agá não me lê. Não será mais meu embaixador em Portugal. E, para o tempo que ele ganha não me lendo, sugiro que leia um autor que ambos admiramos: Fernando Henrique Cardoso. Vi também que o Roberto Campos me lê, me acha ridículo, mas gosta. Ministério do Bem-Estar Social."
(LFV, 12.09.95)
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Reconheçamos, parecer mais execrável que o Roberto Campos não é para qualquer um.

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