quinta-feira, outubro 06, 2005

Entrevistas

Gilberto Gil, no Estadão de ontem.
O que o sr. achou da carta da professora Marilena Chauí aos seus alunos,na qual ela comentava achar difícil transmitir idéias e opiniões por meio da mídia?
Gostei muito. Achei interessante. Eu já vinha acompanhando, fui ao seminário que ela abriu, O Silêncio dos Intelectuais, acompanhei depois as reações. Acho que ela faz uma advertência muito pertinente da questão da falta de espaço, na mídia, para a visão pluralista, para os pequenos fragmentos. A grande mídia é um grande negócio, como todo grande negócio. Apesar de seu compromisso em informar e abastecer a opinião pública com os fatos, ela está enredada numa grande rede de interesses. Tem dificuldades, como o governo também tem. Porque a mídia seria um setor indiscutível? É preciso discutir tudo.
A atuação ou os critérios da mídia?
Atuação não depende dos critérios? E os critérios não dependem da atuação? É um setor como outro. Agora, tem essa dificuldade de autocrítica. Você vê, na própria pergunta que você me faz, tem um compromisso inercial seu, de seu jornal, de explorar uma tensão que parece mais explorável. Por isso acho interessante essa coisa que a Marilena fala, de quererem obrigar o silêncio dela a falar.
* * *
Na matéria exibida agorinha no Jornal da Globo, Christiane Pelajo entrevistou o Verissimo em Paris. Entre as amenidades a respeito de Paris e da França, uma pergunta sobre a crise política. Enfim, uma reles conversa com um simples escritor numa cidade comum para gente normal morrer de inveja.

2 comentários:

kellen disse...

gente normal morrendo de inveja!

Anônimo disse...

Muito lúcida a entrevista do Gil, Adriano.
Quanto ao Veríssimo e Paris... ai,ais... >suspiro<